Nesta quarta-feira (25), ao conceder entrevista coletiva para a imprensa durante a 9ª Reunião dos Ministros da Agricultura do Brics, grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que é realizada no EcoSesi Observatório Socioambiental, localizado em Bonito, a ministra Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias destacou os esforços para a promoção do evento em Mato Grosso do Sul e a importância da região para o turismo internacional.
“Seria muito mais fácil fazer esse evento em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) ou Brasília (DF) porque seria mais prático para todos, mas vejo a importância de Bonito (MS) para o turismo internacional. Como sul-mato-grossense e ministra da Agricultura, vi nesse evento a oportunidade de divulgar ainda mais a cidade, que é mundialmente conhecido, mas agora ficará ainda mais. Os ministros estão encantados com o pouco que viram até agora e, com certeza, essa é uma propaganda favorável a Bonito, que merece ser mostrado para o mundo”, afirmou Tereza Cristina.
Exportações
Durante a coletiva, a ministra também comentou a necessidade de o Brasil aumentar as exportações. “Nós somos muito tímidos nas exportações e isso não é só em Mato Grosso do Sul, como no Brasil. Estamos muito acostumados a fazer soja, carnes, proteína animal, um pouco de milho começando, algodão, mas estamos acostumados a trabalhar com commodities”, salientou.
Ela completou que durante missão aos Países Emirados nessa semana, o que mais chamou a atenção dos empresários foi o potencial que o mercado do Kuwait tem para produtos de valor agregado brasileiro. “Lá a renda per capita é de US$ 40 mil, então é um pessoal acostumado a consumir produtos de muita qualidade e o Brasil vai ter de começar a pensar em exportar não só commodities, mas agregar valor”, afirmou.
Tereza Cristina completa que o mel é algo que não valorizamos muito e agora conseguiu abrir o mercado desse produto também para o Kuwait. “Talvez, em breve, tenhamos novamente uma boa notícia para o mercado de carnes para Kuwait”, pontuou. Nesse contexto, a ministra defendeu ações diferenciadas para ampliar os mercados. “Até nas carnes podemos pensar em cortes especiais, diferentemente do que fazemos hoje. Então vemos um cenário muito positivo para o agronegócio brasileiro, mas precisamos analisar as tendências mundiais, aquilo que os consumidores querem e não somente o que queremos vender”, finalizou.