Um time de pesquisadores da Divisão de Farmacêutica Molecular e Distribuição de Medicamentos, liderada por Robert Williams III investigou vários métodos de fornecimento de drogas para dar nova destinação à medicamentos já existentes em formas mais eficazes. No início do ano, a equipe focou na niclosamida e sua eficácia antiviral em células infectadas pela Covid-19. Desde então, remdesivir emergiu como o único antiviral disponível para tratamento do coronavírus.
Remdesivir é autorizado para uso emergencial em pacientes adultos e pediátricos hospitalizados com doença grave. Originalmente desenvolvido para tratar a ebola, remdesivir mostrou resultados promissores no tratamento da Covid-19 nas células epiteliais das vias aéreas de humanos. Porém, métodos de fornecimento efetivo limitado dificultaram os esforços para estabelecer tratamento amplo a uma maior quantidade de pacientes com sintomas graves.
"Infelizmente, remdesivir não é recomendado para administração oral já que o medicamento é em sua maior parte metabolizado pelo corpo, " diz Williams. " Injeção intramuscular também é um problema, pois as taxas de liberação dos músculos pode variar bastante."
Para fornecer remdesivir para outros pacientes além dos mais graves, formas de dosagens mais convenientes e acessíveis para administração devem ser desenvolvidas rapidamente e testadas em pacientes que tem mais opções de tratamento. Uma forma de superar as taxas de má absorção é administrar o medicamento diretamente na área infectada. A equipe de pesquisadores, que inclui Sawittree Sahakijpijarn, Chaeho Moon and John J. Koleng, criou formas inalatórias de remdesivir para proteger e tratar o modo respiratório da infecção, incluindo um pó matriz frágil e sem forma feito com congelamento de uma película fina. Esse método (inalação em pó) não só possibilitaria uma distribuição mais ampla de um medicamento antiviral essencial no combate ao COVID-19, como também pode tornar o remdesivir mais efetivo.
"Se os pacientes puderem evitar uma visita ao hospital para iniciar o tratamento, pode haver a diminuição da tensão em nosso sistema de saúde, diminuir o custo e proporcionar menos pontos de contato com aqueles que estão infectados, " diz Williams. " Métodos de intervenção disponíveis com maior amplitude podem diminuir significativamente os sintomas antes que eles se tornem letais, trazendo mais leitos de hospital e ventiladores para aqueles que mais precisam."
A Farmacêutica TFF adquiriu as patentes para a versão em película fina de congelamento e inalação. O resultado das pesquisas dos cientistas da UT foram publicadas recentemente como pré-impressão no bioRxiv. Com os resultados finais, a equipe irá enviar um relatório completo para revisão de pesquisadores e posterior publicação.
Veja aqui a matéria publicada no
The University of Texas at Austin
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