A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta segunda-feira o uso emergencial de dois tipos de kit para detecção de varíola dos macacos. A aprovação da Anvisa permite a utilização imediata de 24 mil testes.
A autorização foi dada em reposta a pedidos feitos pelo Ministério da Saúde e pela Fiocruz. Os kits liberados emergencialmente pela Anvisa são produzidos pelo Instituto Bio-Manguinhos, da Fiocruz, e não têm registro definitivo na agência, que ainda analisa o pedido.
Segundo o último boletim do Ministério da Saúde, referente ao último sábado, o Brasil tem 4.493 casos confirmados da doença. São Paulo é o estado que reúne maior número de casos, com 2.788 ocorrências confirmadas.
Para autorizar o uso emergencial, a Anvisa considerou a situação da doença no país, além das limitações para realizar o diagnóstico para varíola dos macacos, incluindo a quantidade de testes represados e o fato de não haver kits comerciais para detecção da doença.
"Destaca-se que, atualmente, no País, estão estruturados tecnicamente oito (08) Laboratórios de Referência para o diagnóstico da Monkeypox, por biologia molecular, que têm se demonstrado limitados na capacidade de atender à crescente demanda, gerando um quantitativo de solicitações de exames represadas", afirmou a Anvisa em nota, complementando: "Com o pleito, o Ministério da Saúde pretende descentralizar a realização do diagnóstico da Monkeypox para a Rede de Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) e propiciar o diagnóstico mais oportuno com a redução do tempo de liberação de resultado ao paciente."