Bonito, Mato Grosso do Sul - 25 de Abril de 2024
Saúde

OMS desaconselha uso de dois remédios para tratar Covid-19

Colchicina e fluvoxamina tiveram recomendação de não serem usadas; entidade avaliou que as evidências reunidas até agora não justificam os usos dos remédios.

Com informações de G1
Em 15 de Julho de 2022 às 16h38

A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou, nesta quinta-feira (14), novas diretrizes desaconselhando o uso de dois remédios para tratar a Covid-19. As novas orientações foram publicadas no "British Medical Journal" ("BMJ").

A organização passou a desaconselhar o uso de colchicina e fluvoxamina para pacientes com Covid-19 leve ou moderada, porque não há evidências suficientes de que elas tragam melhoras para os pacientes. Além disso, ambas trazem riscos, apontou o Grupo de Desenvolvimento de Diretrizes da entidade.

A nova orientação é que a fluvoxamina – um antidepressivo – seja usada apenas em ensaios clínicos. Já a colchicina – um anti-inflamatório usado para tratar gota – tem uma "forte recomendação" de não ser usada em casos leves e moderados de Covid.

Em outubro do ano passado, um estudo na "The Lancet" havia apontado que a fluvoxamina poderia reduzir em até 32% as internações pela Covid-19. A OMS não emitiu diretrizes sobre o uso dos medicamentos em pacientes graves ou críticos.

Justificativas

O grupo que emitiu as recomendações afirmou que elas "refletem a incerteza" de como os remédios agem no corpo – além das evidências reunidas até agora de que elas não ajudam na sobrevivência à Covid nem reduzem risco de internação ou de necessidade de intubação.

Segundo a avaliação da OMS, "a fluvoxamina provavelmente tem pouco ou nenhum efeito na mortalidade", além de poder ter"pouco ou nenhum efeito na ventilação mecânica e na hospitalização".

O parecer foi dado com base em três ensaios clínicos envolvendo mais de 2 mil pacientes.

O grupo concluiu, entre outros pontos, que o equilíbrio entre benefícios e danos potenciais não favorece o tratamento. 

O grupo avaliou que, assim como a fluvoxamina, a colchicina também tem, provavelmente, "pouco ou nenhum impacto na mortalidade e ventilação mecânica, pode ter pouco ou nenhum impacto nas hospitalizações" e, além disso, pode "aumentar a probabilidade de efeitos adversos que levam à descontinuação do medicamento".

Além disso, o painel também discutiu o risco de interações da colchicina com outros remédios e a estreita janela terapêutica – período em que o remédio faz o efeito desejado e não é tóxico –, particularmente em pacientes com ou em risco de insuficiência hepática e renal. Os especialistas também pontuaram que a toxicidade da colchicina pode ser grave e, às vezes, fatal.

A não recomendação de uso foi baseada em dados de sete ensaios clínicos, que envolveram 16.484 pacientes.

Recomendações
 
Para quadros leves de Covid, a OMS recomenda fortemente o uso do Paxlovid (combinação de nirmatrelvir e ritonavir).

A entidade tem recomendações condicionais para o sotrovimabe, o remdesivir e o molnupiravir para pacientes com Covid não grave, mas que são considerados de alto risco.

Já nos casos graves, a organização recomenda fortemente o uso de corticosteroides, com adição de bloqueadores de receptores de uma citocina específica (IL-6) ou baricitinibe. Por outro lado, é desaconselhado o uso de plasma convalescente, ivermectina e hidroxicloroquina em pacientes com Covid-19, independentemente da gravidade da doença.

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