Bonito, Mato Grosso do Sul - 20 de Abril de 2024
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Onda de calor na América do Sul pode elevar temperaturas a quase 50 graus

Uma onda de calor intensa atinge a região central da América do Sul nesta semana e pode fazer com que cidades na Argentina, Uruguai e Paraguai registrem temperaturas recordes, próximas dos 50ºC.

Com informações de G1
Em 12 de Janeiro de 2022 às 15h20

Uma onda de calor intensa atinge a região central da América do Sul nesta semana e pode fazer com que cidades na Argentina, Uruguai e Paraguai registrem temperaturas recordes, próximas dos 50ºC. Causado por uma massa de ar quente e seca, o fenômeno repercute também no sul do Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul, onde os termômetros podem chegar a 40ºC.

Os primeiros sinais do aquecimento já são sentidos desde segunda-feira (10), quando a cidade de San Antonio Oeste, na Patagônia argentina, registrou 42,8ºC, e a província de Mendoza foi colocada sob alerta vermelho.

Nesta terça-feira (11/1), a previsão de máxima de 37ºC para Buenos Aires foi superada e os termômetros marcavam 40ºC por volta das 16h do horário local – a maior temperatura desde 1995.

Segundo o Serviço Meteorológico Nacional (SMN), a capital argentina enfrenta seu quarto dia mais quente em 115 anos, ou desde que os registros passaram a ser arquivados em 1906.

A expectativa é que o calor só cresça nos próximos dias. Os locais mais quentes da Argentina devem registrar entre 45ºC e 47ºC, de acordo com previsões feitas pela MetSul, empresa de meteorologia gaúcha. Os termômetros uruguaios devem ficar entre 41ºC e 43ºC.

Já no Brasil, as temperaturas mais altas no Rio Grande do Sul devem ser marcadas no oeste do estado, com máximas entre 10ºC e 15ºC acima da média para esta época do ano. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu aviso de perigo para 216 municípios do RS em razão da onda de calor.

De acordo com o modelo feito pela MetSul, a área da cidade de Uruguaiana pode ver uma escalada de calor com máximas de 41ºC e 42ºC nos próximos dias. Até regiões mais frias, como a Serra Gaúcha, podem ter marcas extremas no final da semana, com máximas de até 37ºC em Caxias do Sul e ao redor dos 40ºC nos vales de Farroupilha e Bento Gonçalves.

Em Porto Alegre e região, o calor será maior no final da semana e no próximo fim de semana, com marcas ao redor ou acima dos 40ºC e índices de radiação ultravioleta entre 11 e 16.

A Defesa Civil do município pede cuidado extremo e recomenda que a população se proteja do sol, mantenha a hidratação constante e evite exercícios entre 10h e 16h.

A maior temperatura já registrada no Rio Grande do Sul, de acordo com os dados oficiais contabilizados desde 1910, foi de 42,6ºC, nos verões de 1917, em Alegrete, e de 1943, em Jaguarão. 

Prejuízos no campo e cortes de energia

O impacto das condições climáticas extremas deve ser sentido especialmente pelos agricultores. A região que engloba o sul do Brasil, o Uruguai e a Argentina sofreu perdas significativas no cultivo com uma profunda seca que marcou o ano que passou, e as temperaturas elevadas podem agravar ainda mais a situação.

No Rio Grande do Sul, 159 municípios já estão em situação de emergência devido à estiagem que começou em novembro. Os prejuízos registrados até o momento estão espalhados pela produção de grãos, frutas, hortigranjeiros e leite.

Já no sul da Argentina, onde as chuvas não acumularam nem 200 milímetros em todo o ano de 2021, a seca atinge especialmente o polo portuário de Rosário, onde cerca de 80% das exportações agrícolas do país são carregadas.

"O setor agropecuário que já vinha sofrendo com a falta de chuva deve ser ainda mais castigado pelas altas temperaturas. O calor em excesso afeta diretamente o desenvolvimento das plantas e pode queimar as plantações", diz Olivio Bahia, meteorologista do Inmet.

Há ainda risco de incêndios florestais e quedas de energia. No Uruguai, os primeiros dias de 2022 já foram marcados por imagens assustadoras do fogo no oeste do país. Cerca de 37 mil hectares foram arrasados nas regiões de Paysandú e Río Negro, marcando a maior queimada da história do país.

Enquanto isso, as autoridades argentinas já alertavam desde a semana passada para a possibilidade de uma crise de abastecimento de luz com cortes de energia em Buenos Aires e outras cidades do país. Só nesta terça-feira, 11 bairros e 700 mil usuários ficaram sem luz na capital.

A falta de energia está associada à alta demanda e ao baixo nível dos rios que abastecem as usinas hidrelétricas do país.

O cenário preocupante levou o governo argentino a reunir vários ministérios e organismos para coordenar ações que possam amenizar os riscos provocados pelas altas temperaturas.

No encontro realizado na segunda-feira, as autoridades discutiram a ampliação da oferta de unidades de terapia intensiva, centros de diálise e neonatologia para acompanhar a população mais vulnerável e buscaram soluções para manter o fornecimento de energia e água.

"Fizemos contato com governadores e prefeitos para unir forças e responder a esta difícil situação excepcional", disse à imprensa o ministro chefe da Casa Civil, Juan Manzur.
 

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