Faleceu nesta quinta-feira (04), aos 84 anos, seu Taíca, um dos pioneiros do turismo como negócio em Bonito. A causa da morte não foi divulgada, mas o empresário vinha tratando as sequelas de um pós Covid-19 que o havia deixado debilitado. A informação de sua morte foi confirmada pelo neto Rafael, que cuidou do avô até o falecimento e divulgou para amigos nas redes sociais.
Na década de 90, seu Taíca investiu no seu próprio empreendimento e criou uma das agências pioneiras no turismo de Bonito, onde ele vendia seu próprio passeio. Bonitense da gema, seu nome de batismo era Osterno Prado de Souza.
Segundo seu Taíca, seu nome significava sua marca no mundo. "Sempre alerta, agilidade, recursividade, sintonizado com o mundo e espírito aventureiro". Segundo ele, caracteriza a sua personalidade. De empresário de turismo a baileiro, de agente dos concursos de Miss Bonito a escriturário, de promoter das boas festas de antigamente a ex-vereador, ele era conhecido por todos na Capital do Ecoturismo brasileiro. Na cidade e nas redes sociais, a repercussão de sua morte foi imediata.
O guia de turismo Clêndisso Rodrigues se despediu do amigo dele e do pai: "Vá em paz guerreiro velho. Osterno Prado de Souza, o Taíca. Amigo de longa data do meu pai, pelos bailes da velha Bonito (MS)".
O topógrafo Sérgio Rosa da Silva escreveu em seu adeus: "sempre que o encontrava falávamos um pouquinho e ele sempre teve um tapa forte nos nossos ombros. Meus sentimentos aos familiares, Deus o tomou pra Ele". Márcia Martinez, funcionária pública e pedagoga declarou: "Que triste, faz parte da história de Bonito".
Seu Taíca foi responsável pelo surgimento de uma das primeiras agências de turismo de Bonito: a "Taíca Tour", na época localizada na rua Coronel Pilád Rebuá. Ali os primeiros turistas eram recepcionados por um homenzarrão, de pele morena e cabelos escuros e com a história do lugar na ponta da língua. A empatia foi imediata e a troca de idéias eram constantes. "As cachoeiras do Taíca" eram o seu melhor produto, onde o turista levava de graça as "histórias de Sinhozinho," cujo cemitério e igreja ficam no caminho e ao lado de suas "famosas cachoeiras" no rio Mimoso.