A escultura de uma sucuri feita com o tronco de uma árvore chamou a atenção de turistas em um balneário de Bonito. Para divulgar seu trabalho, o artesão que fez a peça resolveu fazer uma sessão de fotos em que nadava ao lado de sua criação. Alguns banhistas acreditaram que era uma cobra de verdade, já que o animal é comum na região, e se assustaram. O vídeo que registra esse momento viralizou nas redes sociais.
O flagrante feito no último sábado (15), no rio Formoso, conhecido pelas águas cristalinas, é do artista Nilson Santos, de 45 anos. Ele trabalha há 18 anos esculpindo animais do Pantanal em madeiras.
"Algumas pessoas e principalmente as senhoras ficaram espantadas com a peça. Os salva-vidas tiveram que intervir avisando que a cobra não era de verdade", explicou ao G1.
Segundo o artista, a cobra feita com madeira flanboyant - utilizada por algumas tribos indígenas para a produção de canoas- tem aproximadamente 4 metros de comprimento. Nilson ainda informou que antes da produção da peça, estudou muito sobre a origem do madeira para que ele flutuasse sobre a água e que pudesse parecer o máximo possível com animal.
Santos ainda informou que a peça tem cerca de 8 mil escamas entalhadas, o que possibilitou proporcionar uma realidade da cobra que chamou a atenção não só de quem estava no balneário, mas também dos internautas que rapidamente compartilharam as imagens.
O artista ainda reforça que não houve nenhuma intenção de assustar os turistas e, sim, apenas fazer o registro da sucuri para divulgar seu trabalho. Todas suas peças estão disponíveis em um estande na Feira do Artesão, em frente a Prefeitura Municipal de Bonito.
Sucuri de "verdade"
No mesmo balneário, uma sucuri de aproximadamente 5 metros de comprimento foi flagrada no final do ano de 2020, tomando sol em uma escada de madeira às margens do rio Formoso.
Na época, o gerente do balneário, Ronaldo Queiroz, contou que o flagrante foi feito por um guarda-vidas que estava acompanhado de mais dois funcionários. Após ser filmada, a cobra mergulhou no rio e desapareceu na sequência.
Segundo Queiroz, os funcionários faziam uma espécie de inspeção no local quando avistaram a cobra tomando sol em uma escada que dá acesso as águas cristalinas do Rio Formoso. O balneário não recebe visitantes por conta da pandemia de Covid.