Bonito, Mato Grosso do Sul - 23 de Abril de 2024
Saúde

Relatório da OMS revela que suicídio é a segunda maior causa de morte entre os jovens

Neste Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, a OMS alerta que 9 em cada 10 mortes podem ser evitadas.

Com informações de Agência Estado e Organização Mundial da Saúde - Ketlen da Silva
Em 10 de Setembro de 2019 às 15h54

Um novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado nesta segunda-feira (09), véspera do Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mostrou que o suicídio é a segunda causa de morte entre os jovens de 15 a 29 anos no mundo, atrás apenas dos acidentes de trânsito, sendo que a cada 40 segundos uma pessoa se suicida e 79% dos casos se concentram em países de baixa e média renda.

Numa faixa etária ainda mais jovem, dos 15 aos 19 anos, o suicídio aparece como segunda causa de mortes entre as meninas, logo atrás das complicações na gravidez, e a terceira entre os meninos, ultrapassado pelos acidentes de trânsito e a violência.

A OMS estima, segundo dados de 2016, que cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio por ano. No Brasil, foram registrados mais de 13 mil casos, considerando que a grande maioria, de aproximadamente 10 200, são entre os homens.

A taxa global de suicídio foi de 10,5 por 100 mil habitantes, contando que é notável as diferenças quando é observado a renda dos países. Nos de média renda, o índice foi de 9 por 100 mil, nos de baixa, de 10,8 por 100 mil, e nos de alta renda, 11,5 por 100 mil - nesses, o número relacionado ao índice de morte de homens foi quase três vezes maior que o de mulheres.

No período de 2010 a 2016, a região das Américas foi a única a apresentar um crescimento na taxa global de suicídios: a alta foi de 6%. A região do Pacífico Ocidental e do Sudeste Asiático registrou queda de 19,6% e 4,2%, respectivamente. Mais da metade dos casos de morte por suicídio no mundo, que chega a 52,6%, ocorre entre pessoas com menos de 45 anos.

Segundo o levantamento, as principais formas de cometer suicídio foram o enforcamento, o envenenamento com pesticidas e o uso de armas de fogo, e restringir o acesso aos meios que podem ser utilizados para cometer o ato é uma das ferramentas para diminuir os casos de suicídio. Outras estratégias são a identificação precoce de comportamentos, o acompanhamento de pessoas em situação de risco e a criação de programas para ajudar jovens a lidar com os problemas que surgem ao longo da vida.

De acordo com a OMS, o número de países que têm estratégias de prevenção ao suicídio cresceu nos últimos cinco anos, desde a publicação do primeiro levantamento da organização sobre o tema, mas ainda é considerado baixo, totalizando 38 nações. A organização cobrou ainda que os países melhorem a qualidade dos dados sobre o tema: apenas 80 dos 183 países-membros para os quais foram produzidas estimativas, em 2016, tinham dados de qualidade. Os problemas com os dados foram notados principalmente nos países de baixa e média renda.

Pesticidas

A Organização Mundial da Saúde destaca que o acesso restrito a pesticidas é uma medida que tem se mostrado eficaz para evitar os casos de suicídio, tendo em vista que os produtos são altamente tóxicos e podem levar à morte quando não há antídoto ou serviços médicos próximos.

Um exemplo citado é o do Sri Lanka, que aplicou uma série de proibições resultando em uma queda de 70% nos registros entre 1995 e 2015, estima-se que 93 mil vidas foram salvas no período. Chamada oficialmente de República da Coreia, a Coreia do Sul também implementou medidas para proibir um herbicida relacionado à maioria dos casos de suicídio nos anos 2000: a proibição entre 2011 e 2012 reduziu pela metade o número de casos entre 2011 e 2013.

Alerta

A depressão causa tristeza profunda e pessimismo, sentimentos que podem culminar em comportamentos suicidas. Segundo o Ministério da Saúde, os sinais mais frequentes são a irritabilidade, ansiedade, angústia, desânimo, cansaço fácil, e diminuição ou incapacidade de sentir alegria. Outros comportamentos também devem ser observados, como o aumento de sentimentos de medo e baixa autoestima, dificuldade de concentração, perda ou alta do apetite e do peso, raciocínio mais lento e episódios frequentes de esquecimento.

As pessoas depressivas podem apresentar baixa no sistema de imunidade, problemas inflamatórios e infecciosos. Dependendo da gravidade, também pode desencadear doenças cardiovasculares, como enfarte, acidente vascular cerebral (AVC) e hipertensão.

Prevenção

Segundo a OMS, 9 em cada 10 mortes por suicídio podem ser evitadas e a prevenção é fundamental. O assunto ainda é considerado tabu e é fundamental que, em momentos difíceis, as pessoas consigam pedir ajuda para familiares, amigos ou um médico.

Setembro Amarelo

Neste mês, o Centro de Valorização da Vida (CVV) realiza a campanha Setembro Amarelo, de prevenção ao suicídio. O CVV reúne 3 mil voluntários, que atendem gratuitamente por telefone, chat ou pessoalmente. Quem precisa de ajuda pode ligar para o 188 a qualquer hora do dia ou noite.

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